Tecnicas de afogamento utilizada pelos Inquisidores quando o interrogatório exigia não
derramamento de sangue do 'herege'. Abaixo descrição desta tortura para confissão...
:: Compêndio de Instrumentos de Tortura e Execução na Idade Média ::
Os Instrumentos de Interrogatório
Estes instrumentos diferenciam-se dos anteriormente citados por não provocarem ferimentos fatais
- a menos que o verdugo assim o desejasse ou fosse extremamente inábil em sua utilização. Eram
empregados, de forma geral nos interrogatórios judiciais e inquisitoriais, não se destinando a
matar a vítima, que deveria ser mantida viva no interesse da instrução do processo.
O Berço de Judas
Este procedimento apresentava variações, que eram usadas simultaneamente em toda a Idade Média.
A mais simples consistia em suspender a vítima sobre uma espécie de pirâmide, sobre cuja ponta
fazia-se baixar, com maior ou menor velocidade. O bico afiado da pirâmide, desta forma,
atingia o ânus, a vagina, a base do saco escrotal, ou as últimas vértebras do cóccix. O
carrasco, segundo as indicações dos interrogadores, podia variar a velocidade e a pressão,
desde o nada até a totalidade do peso do corpo. Podia ainda sacudir a vítima, ou faze-la cair,
repetidas vezes sobre a ponta. O Berço de Judas, em italiano Culla di Giuda, em alemão
Judaswiege e em inglês Judas Cradle (ou simplesmente Cradle) era conhecido em francês como La
Veille (A Vigília).
As Aranhas Espanholas
As Aranhas eram ganchos de quatro pontas unidas em forma de tenaz, e constituíam ferramentas
básicas no arsenal do verdugo. Serviam, frias ou quentes, para içar a vítima pelos pulsos,
nádegas, ventre, seios ou tornozelos, enquanto as pontas enterravam-se lentamente na carne. No
processo dos Cavaleiros Templários, no início do séc. XIV, as aranhas espanholas foram usadas,
segundo testemunhas, para suspender os acusados pelos órgãos genitais, até que admitissem seus
crimes.
A Cadeira de Interrogatório
Muito simples: era uma cadeira de ferro com o assento e o encosto totalmente cobertos de pontas
afiadas. Era um instrumento básico no arsenal dos inquisidores. A vítima, sempre nua, era
colocada e amarrada na cadeira, cujas pontas produziam um efeito óbvio sobre sua força de
vontade, que dispensa qualquer comentário. O tormento podia ser intensificado com sacudidelas e
golpes nos braços e no tronco. Além disso, havia outro modo de tornar este instrumento mais
eficiente: como a cadeira era, na maior parte das vezes, de ferro (havia exemplares de madeira,
nos quais apenas as pontas eram metálicas), havia ainda o requinte adicional de aquecê-la a um
braseiro até que se transformasse em brasa.
O Esmagador de Polegares
Simples e muito eficaz. O esmagamento dos nós e falanges dos dedos e a arrancamento das unhas
estão entre as torturas mais antigas. Os resultados, em termos de relação entre a dor infligida,
o esforço realizado e o tempo consumido são altamente satisfatórios do ponto de vista do torturador,
sobretudo quando se carece de instrumentos complicados e dispendiosos.
O esmagador era basicamente constituído de duas ou três barras, que podiam ser apertadas por meio de
um parafuso, lentamente, ou por meio de pancadas dadas em cunhas, de maneira mais brusca.
A "Extensão"
A extensão é uma variante do cavalo de estiramento. Ao invés da distensão ser aplicada ao corpo
no sentido longitudinal, é aplicada apenas aos braços do condenado, enquanto a corrente,
enlaçando e esmagando o tórax, exerce uma pressão extra. A extensão é uma variante do cavalo de
estiramento.
A Escada de Estiramento
A chamada "escada de estiramento" era nada mais que uma simples escada de madeira, à qual se
dava um uso a mais, o de instrumento de interrogatório. Foi usada no processo de Eischtadt, no
qual uma velha foi acusada de bruxaria, em meados do séc. XV. A vítima era deitada sobre a
escada, tendo seus pés atados a um dos degraus; aos braços, igualmente atados, eram
progressivamente puxados para trás, fosse por meio da força humana, fosse por meio de pesos
cada vez maiores. Se depois de tudo isso a vítima ainda se recusasse a confessar, estando
paralisada e com os ombros destroçados, o tribunal era forçado a reconhecer sua inocência.
Esta tortura era largamente usada pelos inquisidores alemães.
O Potro
Este aparelho, muito engenhoso, era composto por uma prancha, sobre a qual era deita os braços
atados às costas, com o corpo suspenso. A estrapada era um meio de extraordinária eficiência;
como não provocava derramamento de sangue, o que era proibido pela Igreja a seus agentes, era
largamente usado pelos inquisidores. O aparelho era muito simples: compunha-se apenas de uma
corda e de uma roldana.
Os pulsos do condenado eram atados atrás das costas e ligados a uma corda, que, passando pela
roldana, permitia que fosse içado no ar, pelo que as articulações dos ombros passavam a
suportar a totalidade da massa corporal. De imediato, as clavículas e as omoplatas se
desarticulavam, o que provocava deformações que podiam ser irreversíveis. A agonia podia ser
agravada por uma série de medidas adicionais:
a) podia-se içar a vítima até certa altura, deixando-a cair em seguida, mas sustando a queda
antes que chegasse ao chão, o que provocava a imediata ruptura das articulações e por vezes
fraturas ósseas;
b) a fim de aumentar o peso suportado, prendiam-se aos pés do condenado um lastro cada vez
maior, geralmente, até cinqüenta ou sessenta quilos, embora haja notícias de interrogatórios
em que foram presos aos pés dos interrogados pesos de até setenta quilos, quase o peso do
próprio corpo;
c) por vezes, enquanto o condenado se achava suspenso, podia-se queimar partes de seu corpo -
notadamente as axilas, - com mechas ou archotes, como no caso do interrogatório dos
Papenheimers, na Baviera, no século XVI.
Pêra Oral, Retal e Vaginal
Esses instrumentos em forma de pêra - daí o nome - eram colocados na boca, no reto ou na vagina
da vítima, e ali eram abertos, por meio de um parafuso, até atingir sua total abertura. O
interior da cavidade afetada ficava, invariavelmente, danificado, com efeitos muitas vezes
irreversíveis. Por vezes, além da abertura exagerada, a pêra era dotada, na extremidade mais
interna, de pontas em noso ficava marcado como tal para o resto da vida, bastando às pessoas de
bem lançar-lhe um olhar para estarem prevenidas acerca de seus atos ilícitos no passado.
Geralmente, os condenados a ser mutilados recebiam a pena em público, a fim de servir de
exemplo a quem quer que, por desespero ou inclinação, estivesse tentado a desobedecer a lei.
Pinças e Tenazes
Pinças, tenazes e tesouras, usadas também frias, mas normalmente aquecidas ao rubro, adequadas
para arrancar pedaços de carne do corpo das vítimas, constituíam utensílios básicos de qualquer
verdugo. As tenazes destinavam-se geralmente - e de preferência em brasa - aos narizes, dedos
das mão e dos pés e mamilos. As pinças, maiores, serviam para destroçar e queimar o pênis.
No decorrer da história da tortura, os órgãos genitais masculinos (ao contrário dos femininos)
sempre gozaram de certa imunidade. Contudo, raramente, aconteciam casos de castração
(arrancamento dos testículos) e de amputação do pênis. Estes castigos não se aplicavam, como
seria de esperar, por violência contra a mulher, mas geralmente por conspiração ou tentativa
de conspiração contra o príncipe ou governante local. A violação extra-conjugal, na Idade
Média como hoje era raramente castigada; a violação conjugal sempre foi considerada exercício
de direito por parte do marido, permanecendo sempre impune.
Ferros de Marcar a Quente
Usavam-se para marcar alguns condenados, normalmente no ombro, mas outras vezes na face ou na
testa. O delito cometido era expressado na marca, através de um código de letras facilmente
reconhecível.
O Destroçador de Seios
Tratava-se de tenazes com quatro garras convergentes, capazes de transformar em massas disformes
os seios de mulheres condenadas por heresias, blasfêmias Podia tomar tanto a forma de um cinto
como a de uma túnica ou vestimenta, de malha de arame, com inúmeras pontas de ferro dirigidas
para seu interior. Bastante apertado em volta da vítima, feria e destroçava a carne a cada
pequeno movimento ou respiração. Depois, vinham a infecção, a putrefação e a gangrena. Por
vezes, a fim de ampliar o sofrimento, eram colocados insetos ou vermes carnívoros nos
ferimentos. Segundo uma tradição do séc. XIV, este cinturão teria sido aplicado a uma jovem e
bela senhora chamada Márcia Orsini, esposa de um rico nobre milanês, por um condontieri. O
salteador havia raptado a dama, mas sendo contrário ao estupro, por princípios morais e
escrúpulos religiosos, atou-a à cama e colocou-lhe o cinturão, deixando-a assim até que
resolvesse entregar-se-lhe por vontade própria. Sabe-se que felizmente, o covil do bandido foi
descoberto e assaltado pelos homens de armas do marido, e a dama foi posta em liberdade,
ficando, finalmente, a salvo. Diga-se, porém, que não se sabe se o resgate foi anterior ou
posterior à anuência da dama.
A Forquilha do Herege
Era um colar de ferro cuja frente consistia em uma espécie de espeto duplo, com duas pontas que
se encravavam no queixo e sobre o esterno da vítima, profundamente. A forquilha impedia
qualquer movimento de cabeça.
O Cinturão de Castidade
A função deste instrumento foi sempre mistificada, não só pelo povo, mas também pelo círculos
acadêmicos. A opinião tradicional é que o cinturão de castidade se usava para garantir a
fidelidade das esposas durante as ausências do marido, e sobretudo - uma convicção que em nada
se aproxima da verdade, não havendo evidências que suportem tal idéia - para as mulheres dos
cruzados que partiam para a Terra Santa. Na verdade, ainda que a função primordial do aparelho
fosse esta, tal constrição limitava-se sempre a breves períodos de tdos ossos e das vértebras
expostas, o que levava à morte em pouco tempo.
Tinha a grande vantagem de economizar tempo e dinheiro, pois, sendo um meio extático, não exigia
qualquer esforço por parte do carrasco. Trabalhava por si só, dia e noite, não exigindo
qualquer esforço de manutenção.
A "Cadeira das Bruxas"
Este aparelho, com a forma de uma cadeira com o assento inclinado, era usada durante os
interrogatórios, principalmente pelos inquisidores, o que justifica seu nome. Nele, a vítima era
pendurada pelos tornozelos, podendo então ser submetida a outras espécies de tormentos mais
dolorosos.
A posição invertida, além de impossibilitar os movimentos, provocava desorientação, e, caso
fosse muito prolongada, poderia fazer o prisioneiro perder os sentidos.
O Cavalete
Este é o mais famoso dos instrumentos de contenção, e um item fundamental no arsenal de qualquer
torturador. Seu uso era variado: tanto servia para imobilizar as vítimas durante a tortura ou
mutilação como para expô-la em público como punição para crimes menores, insignificantes; como
dormir na igreja, por exemplo.
Dificil de acreditar que o cristianismo foi o que mais matou, acreditem mais que Hitler
Atualmente a tortura é executada de modo remoto e eletronico. Veja mais detalhes em https://sites.google.com/site/controlemental
ResponderExcluir