Não diminuo um inimigo pois, sou um diante dele!

A vida é assim mesmo... um dia a minha irmã Solange escreveu :" a vida é repleta de atropelos por onde todos passam, se um dia vc encontrar com alguns desses desafios incoerentes, não desanime e siga sempre de cabeça erguida". Ela me escreveu num livrinho que guardo ate hj. Muitas vezes não queremos um inimigo e nem fazemos parte dessa guerra interna que cada um carrega dentro de si, mas.....acontece, verdade mesmo, estamos em nosso cantinho quietos e lá vem um bombardeio de emoções erradas e abstratas, ate sentimos tal terremoto mental, no inicio não acreditamos, mas com o tempo vemos que é real, o terremoto existe ! Quantos misterios existem na mente humana, fantasmas que criamos em nosso proprio cativeiro e, o pior de tudo acreditamos neles. Ah humanos............não posso dizer nada, pois faço parte desse mundo de "gente grande", algumas vezes caio no erro de acreditar nos fantasmas da minha mente, por sorte, sei controla-los e sei tambem coloca-los nos seus devidos lugares, não mais alimentando-os com pensamentos obscuros. Luto com a escuridão de muitas mentes, algumas vezes me sinto fraca, pois cade a justiça mental?

Minha filha Vanessa escreveu assim os fantasmas:

"Basta anoitecer que eles chegam; parece que existe hora certa para esse tormento. Isso porque ninguém possui liberdade... O relógio nos aprisiona decretando a prisão perpétua à cada segundo, nos arrancando toda a juventude, deixando a certeza do "nunca mais". Como obter o otimismo se a única certeza é o "nunca mais"? então, o que é para sempre?. É simples; o "para sempre" é o que cada um quer para si, são as escolhas duradouras; já o "nunca mais" é o inevitável imposto pela vida mesmo que contra a nossa vontade. Então percebe-se que o otimismo em excesso, causa compulsão e frustração, logo o pessimismo causa repulsão e depressão. È assim que eles chegam... Vão se aproximando devagar observando o relógio. Pela manhã vem o otimismo, durante a tarde vem a frustração e pela noite chega a depressão. Você tem medo de fantasmas?, Quais são os seus? E do que eles se alimentam? . Os meus me servem um excelente café da manhã de otimismo, mas é de noite que vem o banquete predileto deles, cheio de variedades e fartura, pois a calada noturna é extensa e não há como espantá-los, pois esses são criados em cativeiro mental. Sim, eles já chegaram para o jantar, estão aqui nesse momento e eu estou aprendendo a conviver com eles, pois sei que ao amanhecer eles se vão, fartos de mastigar meu corpo, arrotando a minha alma... E mesmo assim não há o porque de temer, já que são exatamente eles que me conduzem a escrever..."

Vanessa P. Vaiano